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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Capoeira & MMA


Com o crescimento do Vale-Tudo, MMA, UFC, diversos lutadores, que hoje despontam como campeões mundiais, passaram pela capoeira. Você é a favor ou contra capoeiristas se prepararem para disputar esses combates, defendendo e divulgando a nossa capoeira como luta?
 Por Adriano Chediak
Mestre Bamba (1), Salvador – BA
“A capoeira sempre será, em primeiro lugar defesa, e não ataque. A tradição da capoeira sofreu muito com a má formação dos profissionais em capoeira, ninguém conseguir jogar mais numa roda por três minutos que logo é cortado o jogo. Não sou contra nada das novas lutas de combate, só acho que quem é só capoeira pensa melhor sobre a tradição e a essência da capoeira. Agora, se o capoeirista tem coragem e não mistura as tradições, sim, é muito bom para divulgação da capoeira.”
 Mestre Barrão (2), Recife – PE
“Eu sou a favor e incentivo alunos que, em vez de brigarem nas rodas, entrem no MMA e tornem-se um lutador de verdade, representando a capoeira e mostrando os aspectos de luta. Hoje, muitos lutadores já estão tendo conhecimento do potencial da capoeira. Ela faz do atleta um lutador diferenciado dos outros, com muita agilidade, criativo e surpreendente. Através da capoeira podemos descobrir vários talentos. Muitas vezes o aluno tem grande potencial para a luta e não podemos limitar as pessoas. É importante incentivar cada um dos capoeiristas com o dom que Deus lhe deu.”
 Mestre Boca de Peixe (3), Belo Horizonte – MG
“A capoeira na formação de um lutador, seja ele de MMA ou outra arte marcial, é de grande importância, pois traz consigo uma visão e uma condição diferenciada entre os componentes para a formação de lutadores: raça, disposição, coragem, autoconfiança, agilidade, flexibilidade, malandragem, maldade e outros. A capoeira traz uma  vantagem na visão e percepção do lutador, pois na roda tem que se enxergar de todos os lados – uma condição aeróbia muito boa, força, flexibilidade, agilidade, controle de corpo, paciência, persistência . É tudo que um lutador precisa, além da técnica de cada luta específica na qual está buscando. Para um lutador se tornar bom em MMA ou Vale-Tudo, tem que ter conhecimento de várias lutas ou seja: ter recuso para todos os momentos, sejam difíceis ou fáceis.”

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Um pouco mais sobre a Capoeira


O fio da navalha relata a historia de um capoeirista que era revoltado pela vivencia do sistema então temos ai varias pessoas dando um relato de como a capoeiragem era feita alguns falam de historias que foram vivenciadas por pessoa que estavam naqueles momentos desta tão sonhada batalhas feitas por capoeiristas. Falam e relatam sobre as famosas maltas que eram grupos que eram muito forte em relação à capoeiragem. Relatos de mestres como João pequeno que fala da lenda de besouro.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Axé



Axé (Àse, em yoruba, "energia", "poder", "força"). No contexto do Candomblé axé representa um poder de força sobrenatural. A palavra também pode ser usada para se referir ao terreiro, Ilê Axé (Casa de Axé).


Na Capoeira axé representa força, ânimo e energia. Uma roda cheia de axé é uma roda animada e alegre. Como a maior parte dos praticantes da capoeira da atualidade não são adeptos do Candomblé, a palavra perdeu o âmbito sobrenatural e místico. Algumas vezes a palavra axé pode ser utilizada como uma saudação, um cumprimento através do qual se deseja ao próximo, coisas boas, força, ânimo e energia.

Tambores de Crioulas



O Tambor de Crioula, dança inventada pelos negros que fugiam para o mato, fugindo do regime de escravidão, cantavam e dançavam para se divertir. Hoje é praticada e produzida por descendentes de negros e simpatizantes, incorpora às práticas do catolicismo tradicional e da religiosidade afro-maranhense, mas não é uma dança de cunho exclusivamente religioso, como o Tambor de Mina, com o qual muitas vezes foi confundido.
É, sobretudo uma forma de diversão de uma das classes sociais mais populares, uma expressão de resistência cultural dos negros e de seus descendentes no Maranhão.
São vários os motivos pelos quais se realiza um Tambor de Crioula: pagamento de promessa, festa de aniversário, chegada ou despedida de parente ou amigo, nascimento de uma criança, morte do bumba-meu-boi, carnaval, festa junina, ano novo etc.
No que diz respeito ao pagamento de promessa, o Tambor de Crioula é oferecido ao santo, especialmente à São Benedito, um santo negro, indispensável, na festa de devoção particular, a presença da imagem do santo, colocado num altar, preparado próximo ao local da dança. O santo também participa da dança, sendo em certos momentos carregado nos braços ou colocado na cabeça das mulheres.

Ainda na dança, destaca-se a presença de vibrantes formas de expressão corporal, apresentadas principalmente pelas mulheres, em movimentos encantadores e harmoniosos, ressaltando cada parte do corpo, como cabeça, ombros, braços, cintura, quadris, pernas e pés. As coreiras (denominação das dançantes) preenchem metade do círculo e a outra metade é ocupada pelos coureiros (tocadores). Dentro da roda, não existe pessoa determinada para iniciar a dança. Entra uma careira de cada vez, enquanto as outras esperam sua vez de entrar. No centro da roda, os movimentos são livres, mais intensos e bem acentuados. Ao entrar, cada coreira mostra seu estilo, sua forma de dançar, de “pungar” outra coreira.

A punga é muito importante na dança, é vista com respeito, principalmente pelos brincantes mais antigos. Tem vários significados: entre as mulheres, se caracteriza como convite para entrar na roda. Quando a coreira que está dançando no centro da roda e quer ser substituída, avança em direção a outra coreira aplicando-lhe a punga, que, por sua vez, entra na roda para dar continuidade à dança. A punga é dada de várias maneiras: no abdome, nas coxas, no pé da barriga e outros, variando de coreira para coreira.

O Jogo e Sua Essência


Dos Quilombos surge a Capoeira. Brincadeira utilizada pelos escravos como uma forma de distração, mais tarde se tornou instrumento de luta e defesa e este jogo da Capoeira segue presente até os dias de hoje e é constantemente associado aos terreiros de Candomblé. Considerada pelos estudiosos com uma expressão cultural afro-brasileira, a Capoeira une elementos tradicionais originados dos negros da África e dos ritmos brasileiros como o Samba e axé. Os instrumentos de percussão como: o berimbau, agogô, atabaque, pandeiro e outros é que criam o ritmo que envolve a Capoeira, que se inicia primeiramente com a formação da “roda” a partir destes instrumentos. Os capoeiristas então iniciam um canto de louvação dos feitos e qualidades de capoeiristas famosos, conhecido entre eles como Ladainha. Ao término da Ladainha, vem o Canto de entrada, no qual os capoeiristas se benzem e dão início ao “Jogo”. Após o canto de entrada vem a chamada Corrida, que com seus toques e cânticos acelerados, animam o “Jogo”. Tudo na Capoeira tem um significado, seja no golpe, no toque dos instrumentos ou até mesmo nas cantigas.